sábado, 29 de outubro de 2016

BOCAS E BOCAS


A boca que não beijei
Não tenho sabor a recordar
Talvez me livrei de uma cárie,
Nada mais posso falar
Das bocas que me livrei
Desse tenho a alegrar
Pois delas me safei
E não posso reclamar
As bocas que beijei
Se sabores ficaram
Foram das boas, eu sei
Pois das poucas que tive
Soube escolher a dedo
E saudades obtive
Pois vieram(e foram) sem medo
E de todas que se foram
Restou somente a minha
Essa boca teimosa que fala e se assanha
E as vezes se desalinha
Por causa de uma língua solta
Que teima em dizer o que pensa
E produz beijos lancinantes
E se apressa em fazer crenças
Quando atinge em instantes
Aqueles que deles provam.
É o delírio da vida
Que produz farpas, feridas
Mas que é necessário existir
Pois o beijo doce ensina
Que o amor é um elixir
Que acalma a dor e faz o melhor vir
E a boca de que falo
Não é a boca de beijar(lábios)
São as situações da vida
Que nos põem a pensar
Que no estado(capitalista) em que vivemos
Já não dá pra suportar
E uma mundaça urgente
Temos que implantar
Senão a boca grande
Vai nos beijar
Um beijo de morte ardente
Está a se achegar.

sábado, 22 de outubro de 2016

perguntas

Dizem que todo amor vale à pena. Será?
Dizem que toda paixão é pra ser vivida.Será?

O que realmente importa na vida?

Nascemos, vivemos e morremos. De que precisamos pra seguir além daqui?
Existe o além daqui?
Crer é a solução?
E ter uma religião é bom?
Qual ópio te deixa mais feliz?
Porquê os seres que pensam também são irracionais?


Quero as respostas que eu não tenho mas que por ter fé imagino que as tenho e vivo bem com elas.

E por fim o que é viver bem?



corpo e alma

Tem uma porta que passa por nós e nos traz nova aura
E nós que passamos pela porta , renovamos a alma
E a materia envelhece
E a alma não sabe
Mas o corpo padece
E isso pra alma não cabe
Por isso o corpo velho
Vive cheio de vaidade
É que a alma que está nele
É cheia de saudade
E quer sempre o novo
E procura novidade
E nesse conflito de duas
Uma que fica cálida e outra que vai
A que fica se modifica
E que vai num volta mais!
(corpo e alma - por Ediran Teixeira)